Paraná mantém vacinação contra aftosa

Segunda etapa da campanha deve ser em novembro, como sempre ocorreu no EstadoGoverno do Paraná reconhece que não tem condições de reestruturar as barreiras sanitárias no estado. A medida seria necessária para garantir a sanidade animal caso a vacinação contra febre aftosa fosse suspensa este ano. A segunda etapa da campanha deve acontecer em novembro, como sempre ocorreu no Estado.

Os criadores paranaenses ficaram aliviados com a decisão do governo do Paraná. Para eles, as atuais barreiras sanitárias não estão em condições de garantir que o gado que entra e sai do Estado seja fiscalizado com o rigor que um ambiente sem vacinação exige.

? Nós precisamos de segurança. Segurança no sentido de sanidade, e foi o que aconteceu. Esse é um caminho sem volta e vai continuar até o dia em que o Estado ficar livre de aftosa sem vacinação. Porém, temos que cumprir todos os passos que precisam ser feitos para atingir os objetivos ? diz o presidente da Associação Nacional dos Produtores de Bovinos de Corte, José Antonio Fontes.

Entre esses passos está a reestruturação das barreiras sanitárias do Paraná. Os salários oferecidos em concursos anteriores seriam de R$ 1,3 mil para técnicos agrícolas e R$ 3 mil para médicos veterinários. Por isso, a maioria dos aprovados não se interessou pelas vagas. Os valores devem ser revistos pelo governo do Paraná.

? Realmente, o salário hoje, o piso salarial nosso está bastante defasado também com relação a veterinário. Então, o Estado vai precisar rever essa questão ? diz o superintendente do Departamento de Fiscalização (Defis) da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento do Paraná (Seab), Carlos Alberto Bonezzi.

Segundo a Secretaria, é preciso contratar pelo menos mais 475 profissionais para garantir pessoal nas 31 barreiras sanitárias que existem hoje e nas outras quatro que o Estado planeja implantar, duas na divisa com São Paulo e outras duas na fronteira com a Argentina. Entretanto, além de recursos para melhorar o salário dos funcionários, também será preciso comprar equipamentos e mobiliário para os postos de fiscalização.

O Estado diz que não desistiu de suspender a vacina, mas não dá prazo para que tudo esteja dentro do exigido pelo Ministério da Agricultura. A segunda etapa da campanha de vacinação está confirmada para novembro. O Paraná espera vacinar mais de 98% do rebanho, que tem hoje 9,6 milhões de cabeças de bovinos.