Com mais de uma centena de prêmios conquistados na Expointer desde 2002, o condomínio Nova Aurora Anjo da Guarda, do município gaúcho de Uruguaiana, vive mais um agosto permeado de cuidados especiais. Alimentação reforçada, banhos frequentes e treinos de andadura fazem parte do esforço. Tudo é feito para que as 17 cabeças de braford e polled hereford que vão embarcar para Esteio tenham desempenho tão bom como o dos animais enviados em 2009, que renderam 15 premiações à cabanha.
Alguns dos animais que concorrerão pelo condomínio não são estreantes no tumultuado ritmo da feira. O touro braford de tatuagem 7672, pesando 1,1 tonelada, foi grande campeão reservado dois anos em 2009 e é uma das promessas na categoria sênior deste ano. Os animais que já estiveram na feira, segundo o administrador do condomínio, Frederico Ormazabal Sastre, terão menos problemas que os novatos:
? Treinamos a andadura e os colocamos em contato com mais pessoas, mas simular o que ocorre no parque é difícil. Os novos estranharão mais.
O administrador comenta que um animal para exposição tem criação especial desde que nasce, começando com suplementos usado na alimentação.
? Com os cuidados essenciais contínuos, dias antes da feira só nos resta intensificar os banhos e a escovação dos pelos. Também costumamos colocar um pouco de cloro na água, pois a água de Esteio tem mais cloro do que a daqui. O que vai nortear os resultados é a dedicação que você manteve com o animal ao longo do seu desenvolvimento ? afirma o pecuarista.
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Estratégia sonora
De Tupanciretã (RS), a Cabanha Jaguary ? com um rebanho de 3,5 mil ovinos das raças texel e ile de france ? participa pela 26ª vez da Expointer. Pedro Herter é quem produz a genética de qualidade, destinada à venda de reprodutores, e também cordeiros para o abate. Para esta edição, ele preparou dois casais de ovinos texel, com 12 meses de idade. No ano passado, a cabanha recebeu o troféu de Campeão Carneiro da raça.
Além dos cuidados rotineiros, há preocupação em habituar os animais com o barulho da feira. Para isso, um rádio fica sempre ligado perto dos animais, que são lavados, têm o pelo aparado e aprendem a caminhar e obedecer aos comandos do tratador. À medida que a feira se aproxima, a alimentação vai sendo adaptada conforme o peso desejado e as necessidades do animal.
Ração e silagem são levadas de Tupanciretã. O pasto verde é adquirido em Esteio, porque não pode ficar estocado por muitos dias. Para a água, é necessária uma adaptação com antecedência. Aos poucos, os animais passam a consumir mais água clorada, como a oferecida no parque.
