Pequenos e médios produtores contrataram 12% mais crédito rural no Plano Agrícola e Pecuário (PAP) 2018/2019, informou o Ministério da Agricultura. De acordo com os números divulgados pela pasta nesta terça-feira, dia 12, entre julho do ano passado e janeiro de 2019, foram emprestados R$ 93,73 bilhões. Quando a agricultura empresarial entra na conta, o aumento no comparativo com a temporada anterior vai para 13%, totalizando R$ 110,2 bilhões.
O volume financiado para custeio soma R$ 53,8 bilhões, alta de 12%. Mas a maior elevação, de 26%, foi na modalidade destinada a investimentos, que já chega a R$ 20 bilhões, ante R$ 15,9 bilhões em igual período da safra passada.
De acordo com o diretor de Financiamento e Informação do Ministério da Agricultura, Wilson Vaz de Araújo, esse desempenho traduz otimismo dos agricultores, uma vez que, entre as diferentes finalidades, os financiamentos de investimentos registraram os maiores aumentos. “Neste e nos próximos meses deverão se intensificar os créditos de custeio para produtos da safra de inverno e para comercialização”, diz.
Para a atividade agrícola foram fechados 67.423 contratos, com aumento de 14%, e na pecuária, 26.307 (6%).
Entre os programas de financiamento, a maior alta (235%) foi registrada no Programa de Desenvolvimento Cooperativo para Agregação de Valor à Produção Agropecuária (Prodecoop). Com a aplicação de 780 milhões, foram financiados 79% dos recursos destinados ao programa.
O Moderfrota, um dos programas mais demandados do PAP, já teve desembolso de 66% do total previsto para 12 meses, com contratação de R$ 5,696 bilhões, que representam 46% de alta sobre o montante financiado em igual período de 2017/2018.
Do Moderagro, destinado a projetos de modernização e expansão da produtividade, 93% do volume de R$ 839 milhões destinado ao programa já foi emprestado, representando aumento de 177% nas contratações.
Agricultura Familiar
Na Agricultura Familiar, o investimento registrou alta 55% na comparação com julho de 2017 a janeiro de 2018, sendo contratados R$ 635 milhões.
Para industrialização, o recurso financiado subiu 50%, somando nos sete meses transcorridos R$ 7,40 bi, ante R$ 4,94 no período anterior.
O recurso de custeio contratado é de R$ 8,45 bilhões, em alta de 1%. O total emprestado para produtores familiares soma R$ 16,49 bilhões, com aumento de 20%.