? No sul gaúcho, foi reportada dificuldade em conseguir vender a saca de 50 quilos a R$ 28,50, posto Pelotas ? explica o analista de Safras & Mercado, Élcio Bento.
O interesse da indústria é restrito e, basicamente, para pequenos lotes.
? Com o ano comercial se aproximando da metade, o otimismo dos produtores com a possibilidade de vender a preços mais altos vem se reduzindo ? destaca.
Com um quadro de abastecimento interno apertado, o normal é que as cotaçõesno mercado brasileiro trilhem um caminho de maior firmeza.
? Porém, o que vem impedindo uma recuperação mais consistente no Brasil é a retração dos preços internacionais ? explica.
Comparado ao mesmo período do ano passado, a queda nos grandes fornecedores asiáticos é superior a 20% na Tailândia e de 30% no Vietnã. Nos Estados Unidos, as cotações do grão em casca acumulam queda de 20% na Bolsa de Chicago e de 15% no cereal beneficiado.
? Em dólares, a cotação média no Rio Grande do Sul apresenta uma valorização de 1,5%, deixando claro que o mercado nacional está descolado do restante do mundo ? lembra. Porém, este descolamento do comportamento externo tem como limite o ponto em que o arroz importado torna-se mais competitivo que o nacional (paridade de importação).
Segundo Bento, o aperto interno será sempre um motivo altista e a paridade de importação será o fator que impede que haja uma elevação mais acentuada.
? Qualquer movimentação que encareça as opções de compra internacional servirá de motivo para que as cotações no Brasil apresentem valorização. Corrobora para isto a costumeira melhora da demanda nos próximos meses ? acredita.