Para ele, existem fatores transitórios, como as condições climáticas e desvalorização do dólar, e permanentes, como o alto preço do petróleo e as demandas por alimentos e para a produção de biocombustíveis. Segundo Chaddad, este último ponto pode ser o de maior oportunidade para o Brasil.
– Tanto a parte da demanda de alimentos quanto a parte de grãos e oleaginosas na produção de biocombustíveis, são explicados por fatores permanentes, que tendem a persistir a longo prazo. Enquanto o crescimento da demanda for robusto, teremos preços muito altos, porque estamos numa situação de estoques muito baixos e poucos países têm condições de aumentar a oferta para fazer frente a este aumento da demanda. E um desses países que tem muito a se beneficiar é o Brasil, porque temos terra, água, tecnologia, capital, pesquisa e produtores com capacitação para aumentar a oferta e fazer frente a esse aumento da demanda – destaca.
Para o engenheiro agrônomo, os produtores brasileiros só precisam fazer a lição de casa e investir em tecnologia e produtividade para conquistar cada vez mais espaço no mercado mundial.
– O produtor tem que fazer a lição de casa, e ele sabe qual é, pois já sobreviveu a muitas crises, sabe que o mercado é arriscado e cíclico. Ele tem que ser o mais produtivo possível, sempre adotando novas tecnologias visando ao aumento de produtividade. Ele deve fazer controle de custos, pois o produtor vende commoditie. Ele precisa ter o menor custo possível para garantir a margem dele – acredita Chaddad.