Eles retornavam ao trabalho depois de 21 dias de licença remunerada, em princípio concedida para a realização de reformas na unidade.
Foram desligados 176 funcionários que trabalhavam no setor de abate e de desossa, desativado nessa segunda. Conforme fornecedores e a coordenação do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação de Montenegro, as instalações do frigorífico, construídas há quase 40 anos, não teriam mais as condições de atender às exigências da inspeção federal.
O frigorífico funcionará como central de distribuição e deve contar com 165 trabalhadores. Segundo dirigentes da empresa, a carne continuará sendo fornecida, preferencialmente, por empresas do Rio Grande do Sul. A demanda tende a ser absorvida por frigoríficos do Estado. O volume de abates não foi informado pela direção do Frigonal, mas a estimativa do sindicato é que eram abatidos entre 300 e 400 bovinos por dia.
A unidade de Montenegro foi comprada pela Wal-Mart há cerca de cinco anos. A produção abastecia Big e Nacional – duas bandeiras do grupo.
Coordenador geral do sindicato dos trabalhadores, Daniel Bilheri avaliou como positivos os benefícios extras garantidos aos trabalhadores demitidos, como plano de assistência médica e odontológica por seis meses:
? Ao menos se conseguiu dar alguma garantia para esses trabalhadores. Os benefícios representam um fôlego.