Cerca de 30 milhões de pessoas já saíram da linha de pobreza, segundo o Ministério do Desenvolvimento Social. Porém, 20 milhões de brasileiros ainda vivem na miséria, recebendo menos de meio salário mínimo por mês. O Plano Nacional, que está sendo elaborado pelo governo federal, inclui formas de gestão, financiamentos e programas de acesso à comida e água.
? Os restaurantes populares, as cisternas, os bancos de alimentos, conteúdo de educação alimentar nos currículos de todas as escolas, a melhoria cada vez maior na alimentação escolar ? enumera a ministra do Desenvolvimento de Combate à Fome, Márcia Lopes.
A idéia é incentivar a agricultura familiar.
– Temos que olhar a realidade do campo, seja em relação ao transporte, acesso, abastecimento, forma de estocar, assistência técnica, também é prioridade nessa política.
Atualmente, são 800 mil litros de leite por dia, mais 140 mil produtores em todo o Brasil, e esses produtos são distribuídos na rede sócio-assistencial ? diz Márcia.
A intenção do governo federal é cobrar dos Estados e municípios ações concretas de combate à fome. No entanto, especialistas alertam que para acabar com o problema não basta distribuir alimentos, é preciso analisar também todas as etapas da produção.
? É fazer com que todas as condições de produção de alimentos, comercialização, industrialização, varejo e aquisição de alimentos por parte das pessoas sejam processos justos do ponto de vista social, econômico e ambiental ? defende a especialista Elisabetta Recine, da UnB.