O anúncio foi feito pelo presidente da entidade, Robert Zoellick, no marco da Primeira Reunião de Ministros de Fazenda da América e do Caribe, que acontece no balneário mexicano de Cancún. De acordo com ele, os recursos serão adicionais ao fundo de US$ 1,2 bilhão criado em abril com esse mesmo objetivo.
Segundo dados do órgão financeiro internacional, na América Latina há 50 milhões de pessoas vivendo em extrema pobreza, assim como 25% da população regional, embora há alguns anos o percentual chegasse a mais de 30%. O BM aponta ainda que a crise alimentícia e energética ameaça seis milhões de pessoas na América Central e no Caribe, em particular no Haiti, onde a situação é gravíssima.
A instituição assinalou em um documento tornado público em Cancún que, nos dois últimos anos, os preços internacionais do trigo aumentaram 152%, os do milho, 122%, enquanto a carne subiu apenas 20%.
Sobre os altos preços do petróleo, que alcançaram os US$ 140 por barril, Zoellick disse que é um problema de oferta e antecipou que alguns países da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) “já estão pensando em elevar sua produção este ano”.
Por outra parte, o Diretor do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), Luis Alberto Moreno, destacou que uma das causas do aumento de preços é que o dólar se desvalorizou e levou os mercados a buscar equilíbrios e a se proteger dos riscos da inflação. Ele ressaltou que os governos devem promover a produtividade agrícola mediante investimento em caminhos rurais, tecnologia, criação de centrais de abastecimento e infra-estrutura.