No mesmo evento, Rubens Ometto Silveira Mello, presidente do Conselho de Administração da Cosan e da joint venture Cosan Shell, relacionou a disparidade entre as alíquotas à sonegação fiscal, considerada pelo empresário “o calcanhar de Aquiles” do setor.
Rossi admitiu a dificuldade de um consenso no país para a uniformização da alíquota do Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) entre os Estados, bem como da reforma tributária.
? Porém, nós temos a posição de que é importante desonerar a produção, disso não há dúvida; o governo conseguiu fazer isso, por exemplo, diferenciando a Cide em relação à gasolina, que é ponto positivo ? disse o ministro.
Ele considerou ainda que um dos gargalos no setor sucroalcooleiro ainda é a logística. Rossi lembrou que empresas privadas fazem investimentos na área e citou os também previstos pelo governo federal nos Planos de Aceleração do Crescimento (PACs) 1 e 2.
? Seria irreal dizermos que temos uma logística maravilhosa, mas os investimentos no PAC 1 e no 2 vão mudar essa questão, especialmente com a melhoria nos portos e com a utilização maior do modal ferroviário e, eventualmente, também das hidrovia ? afirmou Rossi.
O ministro lembrou ainda que a cana-de-açúcar ocupa, “uma parte ínfima” de menos de 1% do território nacional, ou cerca de oito milhões de hectares e ratificou o compromisso do governo federal com o setor sucroalcooleiro.
? O presidente [Luiz Inácio Lula da Silva] é grande divulgador do programa de etanol, tanto que ele estará aqui amanhã [nesta terça, dia 31] ? concluiu o ministro, se referindo à visita de Lula programada para amanhã de manhã, na Fenasucro, em Sertãozinho.