A exemplo do que ocorre hoje em viagens para Uruguai, Argentina e Paraguai, bastará a carteira de identidade para entrar no Chile, na Venezuela, no Equador, no Peru, na Colômbia e na Bolívia, países associados ao Mercosul. O acordo será assinado na segunda-feira, dia 29, durante a 35ª Reunião de Cúpula do bloco, em Tucumán, na Argentina. Agora, visitantes brasileiros somente terão o passaporte exigido na Guiana, no Suriname e na Guiana Francesa.
O acordo será recíproco – ou seja, os cidadãos dos países signatários também só necessitarão da identidade para visitar o Brasil. Serão quase 384 milhões de pessoas beneficiadas em toda a América do Sul.
Ainda não há data para a medida entrar em vigor, mas o Itamaraty garante que será em breve. Segundo Bruno Bath, diretor do Departamento do Mercosul, a medida não precisa ser aprovada pelo Congresso dos respectivos países, o que deve diminuir consideravelmente o tempo de espera para que entre em validade. Ela só dependerá da autorização de cada governo.
Ainda assim, a obrigatoriedade de apresentação do passaporte será suspensa apenas para viagens de turismo – o documento continuará sendo exigido em visitas de negócios e estudo.
Fora a questão dos passaportes, a expectativa é de que as autoridades presentes na cúpula posterguem para o próximo semestre a maior parte das decisões importantes. Outra exceção será a assinatura do acordo de liberalização do setor de serviços entre o Mercosul e o Chile.
Em dezembro, durante a 36ª Reunião de Cúpula, em Salvador, o Mercosul poderá agregar a Venezuela como membro pleno, com direito a voto.