Após a última rodada de negociações entre representantes norte-americanas e chineses, onde apenas novas promessas foram feitas, sem um avanço aparente rumo a um acordo, o mercado voltou a perder força
Agência Safras
Chicago permanece à espera de novidades sobre a guerra comercial entre Estados Unidos e China. Sinais de demanda pela soja norte-americana também são esperados. Além disso, o panorama da safra sulamericana começa a receber maior atenção, principalmente a produção no Brasil.
Acompanhe abaixo os fatos que deverão merecer a atenção do mercado de soja na próxima semana. As dicas são do analista de Safras & Mercado, Luiz Fernando Roque.
- Após a última rodada de negociações entre representantes norte-americanas e chineses, onde apenas novas promessas foram feitas, sem um avanço aparente rumo a um acordo, o mercado voltou a perder força. Apesar disso, Chicago demonstra certo fôlego para permanecer acima da linha de US$ 9,00 no curto-prazo;
- O fato é que ainda existe um otimismo no mercado frente à um possível acordo entre os países ainda no primeiro trimestre de 2019, o que seria fundamental para o escoamento da safra norte-americana em um momento crucial de entrada da nova safra brasileira;
- A próxima rodada de negociações está marcada para o final de janeiro. Até lá, é importante que haja novos anúncios oficiais de compras chinesas de soja norte-americana, o que aparentemente está ocorrendo extra-oficialmente,
já que o governo norte-americano não está divulgando dados semanais completos de comércio devido à paralisação parcial do mesmo. Ocorrendo tais anúncios, o mercado pode continuar sustentado. Sem eles, há espaço para correções negativas e a perda da linha de US$ 9,00 no curto-prazo; - No lado da oferta, os problemas da safra brasileira começam a chamar a atenção. Ainda é cedo para definições na produção, mas as perdas esperadas já impedem a colheita de uma nova safra recorde. O clima ainda é peça-chave nas próximas semanas, podendo aumentar ou diminuir as perdas produtivas do país. Atenção redobrada a este fator. Acreditamos que perdas inferiores a 10 milhões de toneladas não terão impacto relevante em Chicago.