O relatório “O Estado da Insegurança Alimentar no Mundo” (cuja sigla em inglês é Sofi) informa que dois terços das pessoas desnutridas no mundo estão em Bangladesh, China, República Democrática do Congo, Etiópia, Índia, Indonésia e Paquistão. Dos 925 milhões de famintos, 578 milhões vivem na Ásia e no Pacífico.
Ao contrário do movimento mundial que aponta para redução da fome, na Ásia há uma tendência de crescimento. Comparando os dados de 2009 e 2010 houve um aumento de 30% dos registros de pessoas consideradas famintas nessas regiões. Os especialistas afirmam que depois da Ásia, a região considerada com mais problemas de desnutrição é a África.
A FAO e o PMA informaram que, pela primeira vez, em 15 anos houve uma redução no número de famintos no mundo. No ano passado, havia 1,023 bilhão de pessoas neste grupo, registrando queda de 9,6% no total de pessoas que passam fome. Mas o alerta é mantido, pois a cada seis segundos uma criança morre no mundo em consequência de doenças provocadas pela desnutrição.
A meta, fixada pelos países que integram a Organização das Nações Unidas (ONU), é reduzir em 20% o total de pessoas que passam fome no mundo até 2015. A ideia é diminuir de 925 milhões para 400 milhões nos próximos cinco anos.