? Será um fundo formado à parte do setor produtivo que até agora teve mais dificuldades para aproveitar os benefícios do bloco ? declarou em entrevista coletiva o porta-voz da presidência, Marcelo Baumbach.
A proposta será apresentada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva na Cúpula do Mercosul, que será realizada nesta segunda, dia 30, e terça-feira, dia 1º, na cidade argentina de Tucumán.
Baumbach disse que ainda não está decidido com quanto dinheiro pode ser constituído esse fundo para as pequenas e médias empresas, mas destacou que serviria, sobretudo, para aprovar créditos que as companhias contratam para financiar seu desenvolvimento.
Segundo o porta-voz, o Brasil também pretende avançar na agenda social do Mercosul, abrindo espaço para a participação da sociedade civil e promovendo reuniões de ministros de áreas diferentes das econômicas e financeiras, que são as mais ativas.
Nesse sentido, informou que durante o segundo semestre do ano será realizado em Salvador (BA) um encontro de ministros da área social, que se tentará institucionalizar a fim de que haja reuniões anuais ou semestrais.
Baumbach disse que Lula está convencido de que “o Mercosul superou os momentos difíceis vividos há alguns anos”, que se “recuperou” e que “hoje vive um de seus melhores momentos como fator de desenvolvimento das economias dos países-membros”.
? O comércio para o interior do bloco duplicou nos últimos cinco anos e é forte a tendência de crescimento das importações brasileiras por parte dos países-membros do Mercosul ? afirmou.
Lula chegará a Tucumán na segunda-feira à noite para participar de um jantar oferecido pela presidente argentina, Cristina Kirchner, com quem terá uma reunião privada na terça-feira de manhã, antes da inauguração formal da cúpula.
Segundo Baumbach, a agenda desse encontro será aberta. Lula e Kirchner abordarão diferentes temas das relações bilaterais, mas o assunto central devem ser as questões de energia.