Personagem Soja Brasil: Alexandre Nepomuceno

Ele está ajudando a democratizar o melhoramento genético de cultivares da soja. Conheça um pouco mais sobre este pesquisador!

Pesquisador da Embrapa Soja há 28 anos, os estudos estão em sua veia. Fez doutorado nos Estados Unidos, na especialidade de biologia molecular e fisiologia vegetal. Depois dois pós doutorados no Japão e, recentemente, coordenou o laboratório da Embrapa nos Estados Unidos.

“Hoje vivemos uma revolução na genética. Para ter um exemplo, o genoma sequencial da soja levou oito anos para ser realizado no passado, hoje fazemos isso em 4 horas”, ressalta Nepomuceno.

Umas das tecnologias que o pesquisador destacou é a edição do genoma, que elimina a necessidade dos transgênicos. “Podemos editar o genoma da planta para que ela se torne mais tolerante a seca, resistente a alguma doença, ou que absorva melhor os nutrientes”, explica ele.

Nepomuceno conta que depois de três anos de discussão, finalmente a CTNBio aprovou uma mudança na legislação brasileira para regulamentar estas novas tecnologias, colocando as instituições de pesquisas brasileiras de volta no jogo, que até agora era dominado por empresas privadas.

“Dia 7 de dezembro aprovamos a nova legislação brasileira, enquanto os Estados Unidos e Europa ainda discutem isso. O Brasil tem agora uma legislação muito clara, que dá segurança jurídica para as instituições de pesquisa, para que desenvolvam suas tecnologias e consigam colocá-las no mercado a custos bons”, diz o pesquisador

Para seu colega de profissão, César de Castro, este avanço nas pesquisas de biotecnologias são muito importantes para o avanço da agricultura mundial. “Cada vez mais, com a necessidade de aumentar a produção de alimentos, sob preceitos de qualidade e segurança alimentar, a biotecnologia tem se mostrado uma ferramenta especial, principalmente para a soja que ocupa 33 milhões de hectares”, diz.

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