O Programa de Melhoria da Competitividade das empresas localizadas nos APLs paulistas foi lançado nesta semana por representantes do Sebrae, BID, governo do Estado e Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp).
O programa, que tem como objetivo fomentar a competitividade das empresas e fortalecer os APL, destinará US$ 20 milhões a 15 arranjos produtivos de São Paulo. Metade desse valor virá de empréstimo feito junto ao BID pelo governo do Estado, e os outros 50% virão de contrapartida do Sebrae.
O vice-governador de São Paulo, Alberto Goldman, cobrou do empresariado mais organização para demandar recursos ao governo estadual.
? Se houver pressão, com certeza os recursos virão ? disse no evento de lançamento.
O presidente do Sebrae, Paulo Okamotto, elogiou a iniciativa do governo de São Paulo em aportar recursos, por meio do BID, para um programa de competitividade.
? No Brasil, são poucos os governos que colocam dinheiro público para melhorar a competitividade das empresas. Essa é uma atitude dos governos progressistas. É importante que os empresários aproveitem essa oportunidade ? afirmou.
Segundo Okamotto, 60% dos recursos do Sebrae estão alocados atualmente em projetos coletivos, como APLs, redes e associativismo.
? O empresário que não entender essa nova regra (trabalhar conjuntamente) vai correr o risco de desaparecer do mapa por uma questão de competitividade. Não dá para pensar em trabalhar de forma não-associada ? garantiu.
Experiência internacional
Segundo o coordenador de desenvolvimento regional da Secretaria de Desenvolvimento do Estado de São Paulo, José Luiz Ricca, o convênio com o BID contemplará os setores de calçados (Jaú, Franca e Birigui), construção civil (Itu, Tatuí, Tambaú e Vargem Grande do Sul); móveis (região metropolitana e Noroeste paulista), confecções (Cerquilho, Tietê, Americana e Ibitinga), plásticos (região do ABC), álcool (Piracicaba) e médico odontológico (Ribeirão Preto).
Bahia, Paraná e Minas
Na Bahia, o projeto Progredir prevê um investimento de US$ 16,6 milhões ao longo de 30 meses, provenientes do próprio Estado e de parceiros (40%) e o restante (60%) por meio de empréstimo junto ao BID.
São beneficiados pela iniciativa 11 arranjos produtivos nas áreas de tecnologia da informação, transformação plástica, confecções, fruticultura, cadeia de fornecedores automotivos, piscicultura, derivados da cana-de-açúcar e ovinocaprinocultura, entre outros. Os 11 APL irão beneficiar produtores de quase 60 cidades de todas as regiões da Bahia.
Já no Paraná, o projeto de competitividade deverá ser assinado no segundo semestre com o Sebrae no Estado. O programa envolve US$ 16,6 milhões, sendo US$ 10 milhões do BID, US$ 2,8 milhões do Sistema Sebrae, US$ 2,8 milhões da Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep) e US$ 1 milhão do governo do Estado. Também é um projeto a ser realizado em 30 meses.
O projeto em Minas Gerais deverá envolver empresas em dez setores prioritários, entre eles fruticultura, tecnologia da informação, autopeças, plásticos, ecoturismo, confecções, piscicultura, derivados de cana-de-açúcar e ovinocaprinocultura.