Lagartas, percevejos, mosca-branca: como será a incidência de pragas nesta safra?

Conheça a previsão da Embrapa sobre como deve ser a proliferação dos principais inimigos da soja nesta temporada 

Daniel Popov, de São Paulo
A safra 2017/2018 promete ser tão tranquila quanto a anterior. A meteorologia aponta para uma neutralidade climática, o q que significa que muitas regiões produtoras terão chuvas dentro da normalidade. Com ajuda da Embrapa Soja, traçamos uma perspectiva sobre as pragas que afetarão as lavouras do Brasil neste ano. Confira as dicas de como monitorar as lavouras e evitar problemas.

Lagartas

A primeira boa notícia é que, se confirmada essa condição climática, as chances de as lagartas trazerem grandes prejuízos à soja é menor. “Chuvas em quantidade não favorecem a manutenção das lagartas. E por isso achamos que, nesta temporada, elas não serão um problema. Mas é válido ressaltar que cada região tem um clima diferente e, apesar da previsão, as condições podem ser diferentes”, conta o pesquisador Samuel Roggia, da Embrapa Soja.

Além disso, ele destaca que os produtores têm que manter a mesma atenção dispensada na temporada passada e fazer o monitoramento de perto para evitar surpresas desagradáveis.

Percevejos

Se, por um lado, o clima não deve facilitar o aparecimento de lagartas, por outro, ele favorece uma das piores pragas da soja, os percevejos, que preferem a umidade e se proliferam com maior facilidade quando encontram essas condições. Para piorar Roggia destaca que há uma grande dificuldade de se encontrar defensivos para combater a praga – mas o monitoramento e o controle realizado desde o inicio podem salvar a lavoura. “A Embrapa tem estudos de populações de percevejos resistentes a inseticidas e isso faz com que haja uma menor disponibilidade de moléculas de inseticidas químicos para o controle de percevejo no mercado”, garante.

Mosca-branca

Esta é outra praga que pode não dar as caras em boa parte das regiões produtoras de soja, já que períodos secos e quentes favorecem o seu desenvolvimento e dispersão. “Volto a ressaltar que regiões mais secas como o Nordeste brasileiro podem, sim, enfrentar surtos de mosca-branca, por isso é bom monitorar desde o começo”, diz Roggia.

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