O cereal representa nada mais, nada menos que 23% de todo faturamento da agropecuária brasileira, enquanto o gado detém 14%
A soja é a principal cultura agropecuária brasileira e mostra sua força a cada ano. Mesmo com crise financeira, problemas climáticos, altos endividamentos a sojicultura sempre consegue obter um resultado positivo. Este ano não poderia ser diferente, enquanto o valor bruto de produção (VBP) brasileiro deve amargar uma queda de 2,5% no valor, na oleaginosa os montantes previstos devem crescer 3,8%.
O VBP da soja deve chegar a R$ 118,6 bilhões neste ano, prevê a Coordenação Geral de Estudos e Análises (CGEA) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). O resultado supera os R$ 114,3 bilhões registrados em 2015.
A região Centro-oeste deve arrecadar com a oleaginosa, algo em torno de R$ 54,1 bilhões, contra os R$ 48 bilhões do ano passado. Para variar, o estado de Mato Grosso segue como o mais importante para a cultura, com participação de 27% no VBP, com o valor de R$ 32,8 bilhões.
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Para se ter uma ideia da importância do grão, ele representa 23% de todo o faturamento da agropecuária brasileira. Na segunda colocação vem a bovinocultura, com apenas 14% de participação (setor registrou queda de quase 4% neste ano).
O VBP nacional deve fechar o ano com R$ 517,5 bilhões, queda de 2,5% ante os R$ 530,7 bilhões do ano passado. Segundo Mapa a razão para esse recuo foram os problemas climáticos na safra 2015/2016, como estiagens prolongadas e altas temperaturas, que reduziram a produção de grãos em 10,3%. “Lavouras como algodão, milho, arroz e feijão foram bastante afetadas. No milho, as perdas foram de 17,7 milhões de toneladas em relação à safra anterior e no arroz, 1,8 milhão de toneladas”, diz o coordenador do CGEA, José Garcia Gasques.
