Algumas formas de manejo dos sojicultores fazem a diferença neste momento de falta de chuvas no principal estado produtor de soja
*Áureo Lantmann
Na última semana de novembro, a Expedição Soja Brasil, pelos municípios de Sorriso, Vera, Nova Ubiratã, Tapurah e Ipiranga do Norte em Mato Grosso, visitamos várias lavouras de soja. E pudemos constatar as seguintes questões técnicas que norteia a safra no estado neste momento.
• Veja o artigo anterior: Atitudes para alcançar boa produtividade
1. Déficit hídrico: A necessidade total de água na cultura da soja para obtenção do máximo rendimento varia de 500 a 800 mm por ciclo, dependendo das condições climáticas, do manejo da cultura e da duração do ciclo.
A soja semeada nas localidades visitadas, na sua maioria, encontra-se no estádio vegetativo. Neste estádio, a soja deveria ter uma disponibilidade de água de, pelo menos, 250 mm, porém a oferta foi de apenas 80 mm. Este fato promoveu pouco crescimento e uma floração antecipada.
2. Baixo desenvolvimento: Em função do atraso de chuvas que normalmente acontece na região nos meses de setembro e outubro se arrastou até o final de novembro. Há um atraso generalizado no desenvolvimento da soja.
3. Replantio: Observamos situações em que os agricultores fizeram o replantio da soja. Em alguns casos, isto foi sem necessidade, pois, mesmo com falhas nas linhas de semeadura, o estande médio tinha a população mínima de plantas, que é entre 220 mil/ha a 300 mil/ha.
4. Controle de lagartas: Ainda no período vegetativo, estádio V1, foi observado a presença de lagarta Hilicoverpa. A indicação é de que se faça o controle a partir de quatro lagartas por metro, no pano de batida. Se tiver mais de 50% das lagartas menores que 1,5 cm, o ideal é dar preferência à aplicação de vírus, bactérias ou inseticidas do grupo regulador de crescimento do inseto.
5. Cobertura de solo: Nos solos cobertos por algum tipo de palha, milheto ou braquiária, a soja, mesmo com a longa estiagem, tem melhor desenvolvimento, menos plantas daninhas que competem com água e desenvolvimento normal ao período vegetativo.
*Áureo Lantmann é engenheiro agrônomo, foi pesquisador da Embrapa Soja e é consultor técnico do Soja Brasil desde a primeira edição, safra 2012/2013
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