Syngenta desenvolve variedades de milho híbrido resistentes à seca para países asiáticos

Tecnologia permite desenvolver sementes melhores em menos tempoA Syngenta está desenvolvendo novas variedades de milho híbrido resistentes à seca para o mercado asiático, visando impulsionar a produção na região, disseram executivos da companhia suíça na última sexta. Em um momento em que inundações e uma severa estiagem afetaram países diversos como Rússia, Paquistão e Alemanha, há uma forte necessidade de cultivar safras que lidem melhor com as mudanças climáticas, de modo a garantir uma produção suficiente.

A empresa, que desenvolveu híbridos de milho tolerantes ao calor para os Estados Unidos, agora trabalha com parceiros asiáticos para transferir tais características para as variedades cultivadas em regiões tropicais e subtropicais, afirmou Alejandro Aruffo, diretor de pesquisa e desenvolvimento da Syngenta, durante a inauguração de uma nova unidade de pesquisa em Cingapura.

A companhia identificou genes naturais que podem ajudar o milho cultivado em áreas de clima temperado a resistir à estiagem e planeja introduzi-los no germoplasma de variedades de milho tropical, esclareceu Manny Logrono, diretor de desenvolvimento de produtos para Ásia-Pacífico da Syngenta. Ele disse que os novos híbridos de milho para as lavouras da Ásia podem ser desenvolvidos dentro dos próximos três anos.

Logrono acrescentou que o objetivo básico da iniciativa é minimizar a perda de produtividade durante estiagens. Segundo ele, a companhia usará marcadores moleculares para criar as novas variedades. A tecnologia permite desenvolver sementes melhores em menos tempo ao localizar os marcadores de DNA que estão associados às características desejáveis.

Em julho, a Syngenta lançou nos Estados Unidos novos híbridos de milho capazes de utilizar a umidade disponível de forma mais eficiente, resultando em maior produtividade em áreas do cinturão produtor com irrigação limitada ou afetadas pela seca. A companhia desenvolveu tais variedades após vários anos de melhoramento molecular para identificar os genes do milho que são responsáveis por administrar o uso da água.