Além do comprador argentino, que enviou um representante a Uruguaiana, o remate que começou às 14h da última sexta, dia 15, teve presença uruguaia. A estância Alma Elorza, de Montevidéu, desembolsou R$ 33 mil em quatro cavalos crioulos. Atrás da genética gaúcha, fez as compras pelo Canal Rural, que transmitiu ao vivo o leilão.
Após cinco horas de lances, o faturamento fechou em R$ 766,89 mil com 310 animais comercializados. No martelo de Fábio Crespo, da Tellechea & Bastos, foram vendidos 67 touros entre dois e três anos, além de 159 ventres das raças hereford e braford, mais 62 ovelhas ideal e 22 crioulos. Os equinos pertenciam à Cabanha Jundiá, também de Uruguaiana.
? A presença de argentinos e uruguaios reflete uma questão geográfica, pela proximidade da cidade com os dois países. A oferta genética era boa, o remate tem tradição, atraiu estrangeiros ? explicou Fábio Ribeiro, do escritório Tellechea & Bastos.
Lote 1 e o mais caro entre os touros ofertados, o braford 7672 descende de uma genética com quase quatro décadas de seleção. Nos anos 70, o condomínio Nova Aurora e Anjo da Guarda foi um dos pioneiros no Estado na cruza do hereford com o nelore, que resultou no braford. Antes, já criava hereford desde 1922.
? Prezamos por animais adaptados ao campo, funcionais e produtivos. Fizemos uma seleção de gado em um plantel de 2,5 mil ventres. Uma seleção criteriosa ? destaca Frederico Sastre, responsável pela genética do condomínio Nova Aurora e Anjo da Guarda.
O lote mais caro do remate ficou na venda dos equinos, comercializados após os bovinos e ovinos. A égua Raquel do Jundiá custou R$ 24 mil e foi adquirida por Antônio Celso Figueiredo, do Paraná.