No varejo, a inflação sentida pelo consumidor medida pelo IPC-M acumula elevações de 4,18% no ano e de 4,55% em 12 meses, até a segunda prévia do IGP-M de outubro, anunciada nesta terça pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). O IPC-M representa 30% do total do indicador.
Segundo a FGV, a taxa mais elevada do IPC-M, na passagem da segunda prévia do IGP-M de setembro para igual prévia do mesmo indicador em outubro (de 0,24% para 0,47%), foi influenciada principalmente por um aprofundamento da inflação dos alimentos, que subiu 0,93% no varejo na segunda prévia de outubro ? mais de três vezes superior à taxa positiva de 0,28% apurada em igual prévia do mesmo indicador em setembro para este tipo de produto. Isso porque, nesta classe de despesa, houve término de deflação; queda mais fraca de preços; e inflação mais intensa em itens como arroz e feijão (de -2,27% para +6,25%), laticínios (de -0,34% para +1,28%), hortaliças e legumes (de -3,28% para -2,28%) e carnes bovinas (de 2,92% para 3,56%).
O grupo dos alimentos não foi o único a apresentar acréscimo em sua taxa de variação de preços. Mais cinco classes de despesa fizeram o mesmo, da segunda prévia de setembro para igual prévia em outubro. É o caso de habitação (de 0,24% para 0,32%); vestuário (de 0,35% para 0,91%); saúde e cuidados pessoais (de 0,38% para 0,41%); educação, leitura e recreação (de 0,13% para 0,20%); e despesas diversas (de 0,11% para 0,20%). O único grupo a apresentar queda de preços, no período, foi de o transportes (de 0,16% para -0,06%).