Brasil deve ser fortemente prejudicado se desvalorização no mercado de ações respingar na economia, diz INTL FCStone
A cotação da soja pode desvalorizar ainda mais no mercado, caso a situação da bolsa de valores de Xangai piore, e o Brasil pode sofrer com um acirramento da competição entre os países exportadores. O alerta é da consultoria INTL FCStone.
– O crescimento médio anual nas importações chinesas da oleaginosa pode ficar abaixo dos 5% observados nos últimos três anos – diz, em nota, a analista Natália Orlovicin.
• Importação de soja pela China bate recorde em 2014
A situação teria forte impacto na balança comercial, visto que a soja é a commodity brasileira com maior dependência da China, com mais de 70% de participação nos últimos três anos.
O principal mercado acionário chinês desvalorizou 32% até o dia 7 deste mês, antes do anúncio de medidas para conter a queda. Segundo a INTL, caso a situação volte a ocorrer e começar a respingar na economia real, as importações de commodities agrícolas podem recuar.
Outro setor vulnerável a uma crise na China é o de açúcar. O país é o maior importador de adoçante brasileiro nos últimos três anos, mas o analista João Paulo Botelho ressalta que o impacto no saldo comercial deve ser menor.
Com informações da INTL FCStone. Edição de Ivan Ryngelblum.
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