Em discurdo perante a Câmara dos Comuns, a ministra de Transporte, Ruth Kelly, afirmou que o Executivo “procederá de forma cautelosa” ao estímulo ao uso dos biocombustíveis. A decisão ocorre depois que o presidente do Banco Mundial (BM), Robert Zoellick, pediu aos países ricos que reformem suas políticas de biocombustíveis e priorizem o cultivo de alimentos para combater a atual crise de alimentos.
Kelly reconheceu que “os biocombustíveis podem ter um grande papel na redução de emissões de carbono e na luta contra a mudança climática”, mas geram “crescentes dúvidas”. A ministra advertiu ainda que uma expansão desmedida desse tipo de combustíveis, que precisam de terras de cultivo e são obtidos através de raízes como a beterraba, poderia causar um encarecimento dos alimentos e a destruição das selvas tropicais.
? Devemos proceder de maneira cautelosa até termos certeza de que o crescimento da expansão e utilização [dos biocombustíveis] maximiza os benefícios e minimiza os riscos para o mundo ? concluiu.
Desta forma, o governo desacelerará a aplicação da Obrigação de Combustível Renovável para o Transporte (RFTO), fixada pela União Européia (UE), que exige que 2,5% da gasolina e gasóleo vendidos nos postos de gasolina sejam biocombustíveis.