Estado oferece incentivos para atrair empresas de insumos, para, entre outras coisas, garantir um frete mais barato para os produtores da região
Canal Rural | Porto Velho (RO)
O governo de Rondônia oferece incentivos para que empresas agrícolas invistam no estado. É que a escassez de companhias privadas está prejudicando os produtores, principalmente na hora de comprar os insumos. Um dos exemplos desse problema é no Porto Público, em Porto Velho, onde apenas uma empresa particular está operando.
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A reclamação do setor produtivo é o alto custo do frete na região. O estado possui um porto a menos de 700 km de distância, e o custo de entrega não deveria ser tão alto, nem transportar esses produtos de tão longe. O problema é que apenas um terminal faz esse tipo de serviço, limitando a oferta. O governo estadual pretende atrair mais investidores.
– Nós vamos bater nas portas de cooperativas de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, chamando para Porto Velho, porque é viável e mais barato do que mandar sua carga para Paranaguá e Santos, não há fila de caminhões e o frete é mais barato. Temos espaço e incentivos, o governo está de portas abertas – argumente o gerente de Gestão Portuária do estado, Edemir Monteiro Brasil.
O coordenador-executivo do Conselho de Desenvolvimento de Rondônia, Rubens Nascimento, afirma que um dos entraves está na falta de indústrias privadas para atender essa demanda dos produtores do estado.
– Nós temos um porto alfandegado, temos uma hidrovia no Rio Madeira em perfeitas condições de fazer isso. O que está faltando é o empresário observar esse nicho de mercado e fazer isso – explica.
Sem terminais, custo sobe
O produtor Diego Comiram já comprou boa parte dos insumos que vai usar no cultivo da soja. Nos últimos anos, a maior preocupação é com o custo de produção. Um dos motivos é o preço do frete, que está cada vez mais alto. O fertilizantes que Comiram comprou chegou do Rio Grande do Sul, a um custo bem elevado.
– Não é barato, não. Jogando em reais, o preço subiu mais de R$ 200,00, isso para colocar o adubo dentro do barracão. O que o produtor não é informado é por que esse adubo não vem por Porto Velho, se é questão logística, ambiental… Vir por Porto Velho ia baratear muito nosso custo, mais da metade, tranquilamente – diz o sojicultor.
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