Totalizam 16 milhões de documentos frios que seguem ativos, em parte, devido à negligência das famílias e dos cartórios em dar baixa em casos de morte, mas, principalmente, por golpistas da Previdência, eleitores fantasmas e estelionatários.
Para pôr fim à farra da identidade falsa, o Instituto Nacional de Identificação (INI), da Polícia Federal, elaborou um modelo de documento que será debatido a partir de hoje em um seminário em Brasília. O evento reúne especialistas em identificação humana e autoridades.
Projetado com tecnologia digital, o novo documento deverá ser distribuído a partir de janeiro e se chamará Registro Único de Identidade Civil (RIC). Será sofisticado e, segundo o INI, praticamente imune a fraudes.
Hoje, cada Estado produz o seu modelo de identidade, e não há um cadastro nacional que impeça a duplicidade de números de registros.
Nos próximos dias, o governo vai regulamentar o RIC, criado por projeto de lei em 1997. A migração será obrigatória – em um prazo de até nove anos.
O projeto do RIC prevê fundos complexos e efeitos ópticos especiais, além de chip que armazenará os dados do cidadão.