Os líderes dessas nações se comprometem a fixar metas nacionais a médio prazo, mas sem concretizar e sem marcar uma data de referência para medir o nível de emissões.
“Admitimos que as economias avançadas diferem das economias em desenvolvimento, por isso os países ricos aplicarão objetivos ambiciosos a médio prazo para reduzir as emissões de acordo com a situação de cada país”, diz um comunicado conjunto do grupo.
O acordo foi classificado de satisfatório pelos países desenvolvidos, por pactuar posturas pouco reconciliáveis ? Japão e UE em um extremo e EUA no outro ?, mas de fracassado pelas organizações não governamentais, que não vêem avanços.
O diretor da WWF Internacional, Kim Carstensen, disse à Agência Efe que para envolver os EUA será necessário esperar pelo sucessor de Bush, apesar de ter assinalado que países como Brasil e Japão já tenham realizado programas internos para combater a mudança climática.
Analistas concordam que o anúncio, embora difuso, permite salvar os anfitriões japoneses, que haviam feito da mudança climática seu ponto principal em Hokkaido, diante de assuntos como a situação econômica, o desenvolvimento da África e a crise alimentícia que ameaça milhões de pessoas.
Os países emergentes do Grupo dos Cinco (Brasil, México, Índia, China e África do Sul) disseram em uma cúpula paralela, em Sapporo, que é necessária uma “responsabilidade compartilhada eqüitativa” contra o aquecimento global e que o G8 deveria reduzir suas emissões, em 2020, para entre 25% e 40 % em relação ao nível de 1990.
Na cúpula de 2007, o G8 tinha prometido “considerar seriamente” a redução pela metade de emissões de CO2 até 2050, e agora apóia, através de negociações da ONU, que tal meta seja “global”.