A área cultivada com soja na safra 2018/2019 estava em 63% colhida até a última quinta-feira, 14, contra 57% uma semana antes. Em igual período do ano passado o volume estava em 58% e em 56% na média de cinco anos. Os dados fazer parte do último levantamento realizado pela consultoria AgRural.
Segundo o relatório, a exemplo do que já vinha acontecendo desde a segunda quinzena de fevereiro, o ritmo dos trabalhos foi mais lento que o normal devido às chuvas que caem em diversos estados do país. Essas chuvas têm feito com que os grãos saiam das lavouras com excesso de umidade e maior índice de avariados em algumas áreas, mas esses problemas são pontuais e ainda não chegam a representar ameaça à safra como um todo.
O estado com a colheita mais adianta segue sendo Mato Grosso, com 97%. Nos vizinhos do Centro-Oeste, a colheita chegou a 96% em Mato Grosso do Sul e 90% em Goiás. No Paraná, onde 67% da área está colhida, a perda de ritmo levou o índice de colheita a ficar atrás do registrado há um ano pela primeira vez nesta safra.
Produção
A AgRural elevou sua estimativa de produção de soja na safra 2018/2019 do Brasil para 112,9 milhões de toneladas, ante 112,5 milhões na projeção de um mês atrás. O ajuste para cima deveu-se às chuvas de fevereiro, que beneficiaram as lavouras plantadas mais tarde.
O potencial inicial de produção era de 121,4 milhões de toneladas, mas houve perdas em diversos estados, com destaque para Paraná e Mato Grosso do Sul, devido ao tempo quente e seco de dezembro e janeiro. A consultoria revisará a estimativa de safra em abril, com foco especial nos estados do Matopiba e no Rio Grande do Sul, que têm calendário mais tardio.