Em entrevista ao Mercado e Companhia, nesta quinta-feira, dia 10, Amaral disse que, atualmente, 70% do orçamento da Embrapa são utilizados para pagar salários, outros 20% para custeio, restando apenas 10% para pesquisa. Com a abertura de capital, o montante voltado para pesquisa seria ampliado.
? Quem não tiver tecnologia, o agronegócio não cresce, não compete ? avaliou Delcídio Amaral, citando como exemplos de sucesso as aberturas de capital do Banco do Brasil e da Petrobras.
O senador acredita que, como uma companhia de capital aberto, a Embrapa poderia dar mais suporte à produção de alimentos, agroenergia e até nas operações internacionais da empresa. Com um novo modelo administrativo, processos, como a contratação de pesquisadores, ficariam mais rápidos.
? Vai ter uma nova Embrapa, com uma remuneração diferente. Hoje estamos perdendo pesquisadores para a iniciativa privada. Quanto vale um pesquisador para o futuro do agronegócio do Brasil? ? questionou.
Delcídio Amaral negou que esteja propondo a privatização da Embrapa e que a abertura de capital possa provocar uma onda de demissões na empresa. Destacou, por outro lado, que depois da aprovação da Lei de Biossegurança, fortalecer a companhia pode abrir uma série de oportunidades.
? Estamos falando em nanotecnologia, biotecnologia. É um mundo que teremos pela frente. De cada R$ 1 investido em pesquisa, R$ 14 serão revertidos para a população.