O algodão já foi colhido, e a terra está sendo preparada para a próxima safra. A aplicação de herbicidas e inseticidas tem o objetivo de eliminar restos culturais e ainda o bicudo. Neste momento em que os produtores do oeste da Bahia voltam a apostar na cultura do algodão, o controle ou o fim ou do bicudo é ainda mais importante.
O Fundo para o Desenvolvimento do Agronegócio do Algodão (Fundeagro) do Estado da Bahia investe, por ano, R$ 1,2 milhão no combate à praga. O dinheiro tem como origem programas de incentivo fiscal. Atualmente, 70% do que o fundo destina à defesa fitossanitária é voltado para o controle do bicudo.
O produtor rural Celito Breda trabalha com algodão há mais de 20 anos. Em tempos de mercado em alta, a preocupação com o bicudo aumenta.
? Nós achávamos, até um mês atrás, que os prejuízos eram menores em torno de US$ 100 ou US$ 150 por hectare. Ai encomendamos um estudo e nesse estudo descobrimos que o prejuízo é maior, tem prejuízo de danos indiretos que não conseguíamos avaliar. De acordo com o estudo, somam mais de US$ 200 por hectare ? explica o produtor.
Para evitar essas perdas, o diretor de defesa vegetal da Agência Estadual de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab), Armando Nascimento, afirma que a fiscalização é uma das medidas mais eficazes.
? A Adab é um órgão fiscalizador que tem poder de polícia. Ela, a propriedade, primeiro é notificada depois autuada. Ela tem um auto de infração. Uma penalidade financeira,no caso do produtor. E o não cumprimento dessa fiscalização a propriedade pode ser interditada inclusive com o produtor sendo obrigado a erradicar qualquer tipo de restos culturais de algodão ? diz Nascimento.
O algodão do oeste da Bahia responde por 30% da produção brasileira. Os investimentos na cultura vão aumentar. A área de 260 mil hectares, plantada na safra 2009/2010, deve chegar a 325 mil no ciclo 2010/2011.