Na ocasião, os fumicultores manifestaram apreensão quanto ao futuro dos mais de 50 mil produtores do sul do país, que podem perder renda se o Brasil concordar com a proibição de sabores e aromatizantes no fumo.
? Nós vamos ter que produzir sem essa atividade, que hoje está gerando uma renda razoável e que faz com que a propriedade seja sustentável ? diz o presidente da Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra), Benício Werner.
Diante do apelo, o Ministério do Desenvolvimento Agrário se comprometeu a aperfeiçoar o programa de diversificação de culturas, que oferece alternativas de plantio.
? Nós queremos agora fazer para 2011 um processo de ampliação do volume de recursos, ou seja, e com isso nós poderemos atuar em mais regiões que temos localizadas o conjunto de nossas ações ? explica o ministro interino do Desenvolvimento Agrário, Daniel Maia.
As lideranças do setor ainda vieram para o Ministério das Relações Exteriores. Eles pediram ao governo brasileiro para que defenda na Conferência sobre o Tabaco, que ocorre na próxima semana no Uruguai, a prorrogação do prazo para proibir o uso de aromas no fumo do tipo Burley.
O grupo entregou um documento assinado por 60 mil produtores pedindo que o Brasil reveja a posição quanto aos cigarros aromatizados.
? Para que a gente possa ter uma posição do governo brasileiro, sensível aos aspectos sociais e aspectos econômicos dessa cultura que é extremamente importante para o Rio Grande do Sul, Santa Catarina e também Paraná ? conclui o deputado federal Luis Carlos Heinze (PP-RS).