Notícias - Soja Brasil

Entenda por que a forte alta no câmbio não alterou os preços da soja no Brasil

Se o câmbio e as cotações na Bolsa de Chicago fecharem esta quinta, dia 28, como abriram, os valores no país podem subir

Com o avanço da colheita da soja, em alguns lugares até a finalização, o olhar do produtor está vidrado nos preços. É bem verdade que as oscilações têm sido muito pequenas e pontuais, resultado de alguns fatores primários e outros secundários. Naqueles que interferem diretamente, quando o câmbio se eleva, as cotações na Bolsa de Chicago caem, e vice-versa. Entre as razões para essa gangorra estão: a guerra comercial entre China/Estados Unidos, e o plantio da nova safra de soja americana.

Entenda os fatores que pressionam para baixo as cotações da soja na Bolsa de Chicago:

O avanço na colheita da safra sul-americana e a expectativa em torno do relatório de intenção de plantio dos Estados Unidos fazem de pressão sobre as cotações na Bolsa de Chicago.

Segundo a Safras & Mercado, representantes dos Estados Unidos e da China se reúnem a partir desta quinta, dia 28, em Pequim para tentar encontrar uma solução para o impasse comercial entre os dois países.

Em relação aos dados que serão divulgados na sexta pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), o sentimento é de baixa. Apesar da aposta de queda na área a ser plantada com soja, a semeadura deverá ser maior do que o esperado inicialmente. O excesso de chuvas no cinturão produtor americano tende a transferir áreas do milho para a soja.

Chicago responde a isso tudo com queda

Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam a terça-feira com preços acentuadamente mais baixos. Maio atingiu o menor nível em quatro meses, pressionada pela falta de novidades nas conversas comerciais entre China e Estados Unidos.

O mercado brasileiro de soja teve um dia de poucos negócios e de preços praticamente inalterados. A forte alta do dólar foi compensada pela queda acentuada de Chicago. Limitando a movimentação.

Os contratos da soja em grão com entrega em maio fecharam com baixa de 13,25 centavos de dólar ou 1,47%, a US$ 8,87 por bushel. A posição julho teve cotação de US$ 9,01 por bushel, perda de 13,25 centavos ou 1,44%.

Nos subprodutos, a posição maio do farelo fechou com baixa de US$ 6,60 ou 2,12%, sendo negociada a US$ 304,40 por tonelada. No óleo, os contratos com vencimento em maio fecharam a 28,82 centavos de dólar, com ganho de 0,17 centavo ou 0,59%.

Câmbio sobe muito, mas não eleva preços no Brasil

O dólar comercial encerrou a sessãode quarta-feira, dia 27, em forte alta de 2,27%, negociado a R$ 3,9530 para a compra e a R$ 3,9550 para a venda. Durante o dia, a moeda norte-americana oscilou entre a máxima de R$ 3,9620 e a mínima de R$ 3,9060.

Mas nem isso fez com que os preços no país reagissem. Em Passo Fundo (RS), a saca de 60 quilos ficou em R$ 74,50. Na região das Missões, a cotação seguiu em R$ 74 a saca. No porto de Rio Grande, preços estabilizou em R$ 79.

Em Cascavel, no Paraná, o preço subiu de R$ 73 para R$ 73,50. No porto de Paranaguá (PR), a saca avançou de R$ 78,50 para R$ 79. Em Rondonópolis (MT), a saca subiu de R$ 69,50 para R$ 70. Em Dourados (MS), a cotação passou de R$ 69,50 para R$ 71. Em Rio Verde (GO), a saca permaneceu em R$ 70.

Chicago e câmbio nesta quinta

Os contratos da soja em grão registram preços mais altos nas negociações da sessão eletrônica na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT). Apesar da reação frente às perdas de ontem, o mercado opera próximo do pior patamar em três meses, com os investidores monitorando o primeiro dia de reuniões entre representantes dos Estados Unidos e da China.

Os contratos com vencimento em maio de 2019 operam cotados a US$ 8,90 por bushel, elevação de 3,00 centavo de dólar por bushel ou 0,33%.

O dólar comercial abriu a sessão desta quinta-feira, dia 28, em nova alta de 0,55%, negociado a R$ 3,9700 para a compra e a R$ 3,9770 para a venda. A moeda norte-americana oscila entre a máxima de R$ 4,0180 e a mínima de R$ 3,9730.

Veja mais notícias sobre soja