O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento vai criar o primeiro polo tecnológico de inovação agropecuária em Londrina, Paraná. O centro de estudo será o primeiro de um conjunto de 12 que serão espalhados pelo país, em parceria com o Ministério da Educação (MEC) e o Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC).
De acordo com o órgão, o objetivo é que os polos contribuam para aprimorar o ambiente de inovação tecnológica, criando mais condições para que empresas, startups e universidades interajam e proporcionem resultados mais rápidos e precisos para a agropecuária.
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O diretor de Inovação do Mapa, Luís Cláudio França, afirmou que o polo tecnológico simboliza o comprometimento do Ministério da Agricultura de tornar o Brasil um grande exportador de inovação e tecnologia do setor agropecuário. Segundo o diretor, o Brasil possui tecnologias de ponta no campo, mas ainda não exporta essa expertise para outros países.
A ideia é identificar em vários estados locais com vocação tecnológica e proximidade com instituições universitárias para implantar os demais polos de inovação agropecuária do Mapa. Os polos vão atrair universitários para trabalhar com as novas tecnologias para a produção rural.
Cidade escolhida
Em viagem a Londrina na última segunda-feira, dia 8, a ministra Tereza Cristina anunciou que a cidade, que tem mais de 1.200 pequenas e médias empresas de tecnologia, também foi escolhida para a realização de um grande “hackathon”, que são eventos que reúnem programadores, designeres e outros profissionais ligados ao desenvolvimento de software, em novembro, com o objetivo de encontrar novas soluções tecnológicas para o agronegócio brasileiro.
Neste caso, pela primeira vez o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) vai abrir suas bases de dados para que os participantes criem soluções específicas para os desafios que serão lançados. Os primeiros hackathons, portanto, terão como foco as informações sobre mudanças climáticas.
“Londrina foi a cidade escolhida para fazer um grande hackaton no segundo semestre, e depois vamos usar o polo tecnológico já existente para implementar várias novas tecnologias no Paraná. É o primeiro estado que o ministério vai apoiar e fazer o experimento”, disse Tereza Cristina. A ministra agradeceu à deputada Luisa Canziani (PTB-PR) por ter feito uma emenda parlamentar que vai destinar recursos do orçamento federal à inovação tecnológica.
Luis Cláudio França explicou que as cadeias do agronegócio possuem problemas que podem ser solucionados por agritechs, como são chamadas as startups voltadas para as modernas tecnologias da agricultura. A ideia é fazer dezenas de eventos tecnológicos em várias regiões do país, nos próximos meses, para botar toda a inteligência desses inovações a serviço do setor agropecuário brasileiro.
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