Outras iniciativas previstas na proposta são a padronização e criação de novos produtos derivados da planta, acesso ao crédito e realização de parcerias para o desenvolvimento tecnológico. Além da higiene pessoal e limpeza de ambientes, a bucha vegetal tem sido utilizada, por exemplo, na confecção de peças de decoração e até de calçados artesanais.
Segundo o deputado José Fernando Aparecido de Oliveira, a fibra é responsável pela geração de emprego e renda em comunidades rurais pobres. A planta tem origem africana e adaptou-se ao clima e solo brasileiros. Apesar de ser um hábito popular, o consumo de buchas sofreu retração a partir da década de 1950, quando as esponjas sintéticas ganharam espaço no mercado.
O parlamentar argumenta ainda que a bucha vegetal não é poluente em que ao ser descartado pode tornar-se adubo orgânico. O processo de extração é feito manualmente. Após a colheita, a bucha é descascada, lavada em água corrente e limpa e exposta ao sol para a secagem. Um processo que, de acordo com o deputado, não agride o meio ambiente. Esta sustentabilidade ambiental é o que aumenta o mercado interno e externo para a bucha.
O projeto será analisado, em caráter conclusivo, pelas comissões de Agriculturae de Constituição e Justiça. Se aprovado, não precisará ser votado em Plenário.