Brasil discute produção de etanol na Organização Internacional do Açúcar

Experiência com etanol combustível tornou-se referência mundial no campo das energias renováveisA produção de etanol vem ganhando espaço nas pautas da Organização Internacional do Açúcar (OIA). É o que afirma o diretor de Cana-de-Açúcar e Agroenergia do Ministério da Agricultura, Cid Caldas.

? Sem o etanol no mercado, poderia haver um desequilíbrio na oferta mundial de açúcar ? afirma.

Para ele, a organização, que tradicionalmente trata apenas o mercado açucareiro, já incluiu o etanol nas discussões. Caldas e o secretário de Agroenergia do ministério, Manoel Bertone, representam o governo brasileiro no 19º Seminário da OIA, de 29 de novembro a 3 de dezembro, em Londres (Inglaterra).

? A organização apresentará os números da produção mundial e consumo do etanol e do açúcar ? destaca o coordenador. Ele ressalta que o OIA está preparando o primeiro anuário estatístico do etanol, para divulgar em maio de 2011.

? As reuniões da organização, habitualmente realizados em Londres, tornaram-se o principal encontro do setor açucareiro e agora também do setor de etanol, devido à importância que o biocombustível vem garantindo no mundo todo ? enfatiza.

Os representantes brasileiros no encontro apresentarão as ações governamentais de apoio ao setor sucroalcooleiro, as políticas públicas de fomento às atividades e a expectativa de produção para a próxima safra de cana-de-açúcar, etanol e açúcar.

? Também comentaremos as ações do Compromisso Nacional Para Aperfeiçoar as Condições de Trabalho na Cana, Plano Setorial de Qualificação para Cortadores de Cana e a participação da cana no recém lançado Programa Agricultura de Baixo Carbono (ABC) ? informa Cid Caldas.

Líder mundial na produção de açúcar e etanol de cana-de-açúcar, o Brasil é responsável por mais de 50% do comércio internacional. A experiência brasileira com etanol combustível tornou-se referência mundial no campo das energias renováveis, como forma de reduzir as emissões dos gases de efeito estufa e a dependência de combustíveis fósseis. A produção de cana-de-açúcar no país tem crescido 11% ao ano.