O dólar comercial encerrou o pregão desta sexta-feira, dia 17, cotado a R$ 4,100 para compra e R$ 4,1020 para venda, alta de 1,58% em relação ao fechamento anterior. Durante o dia, a moeda norte-americana oscilou entre a máxima de R$ 4,1140 e a mínima de R$ 4,0490.
A alta expressiva consolida a cotação acima dos R$ 4, com o Banco Central intervindo só acima de R$ 4,30. O movimento, segundo a consultoria Safras & Mercado, reflete as incertas quanto à aprovação da reforma da Previdência no Congresso, que pode fracassar pela falta de articulação do governo.
“Bolsonaro segue retórica de divisão ao invés de união. Isso está trazendo um aumento do risco de aprovação da reforma desidratada. O mercado esperava um aprendizado do governo neste início de mandato e não estamos vendo isso”, explica Luciano Rostagno, estrategista-chefe do Banco Mizuho do Brasil.
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Por volta das 16h30 (horário de Brasília), o dólar comercial registrava alta de 1,56%, sendo negociado a R$ 4,1020 para venda. No mercado futuro, o contrato com vencimento em junho de 2019 apresentava avanço de 1,33%, cotado a R$ 4,108.
Rostagno afirma ainda que o BC não deve intervir no mercado no momento, pois não está havendo uma disfuncionalidade e que o novo patamar do dólar é acima de R$ 4.