Pecuaristas bolivianos recebem do Fesa 50 mil doses de vacina contra aftosa

Ato simbólico tenta reforçar o controle sanitário nas regiões de fronteira e pantanal da BolíviaO Fundo Emergencial de Sanidade Animal (Fesa) de Mato Grosso realizou nesta terça, dia 7, a entrega simbólica de 50 mil doses de vacina contra a febre aftosa para pecuaristas bolivianos da região de fronteira. O produto irá ajudar a ampliar o controle sanitário nas pequenas propriedades bolivianas.

A entrega simbólica das vacinas foi feita em uma cerimônia simples, no auditório da Famato. Doadas ao Fesa por uma das maiores empresas fabricantes do produto, as 50 mil doses serão repassadas para o Comitê Internacional Misto Brasileiro Boliviano, que será o responsável pela entrega das doses na Bolívia.

As vacinas vão beneficiar os pequenos produtores bolivianos da região de fronteira e do pantanal. As doses vão ser comercializadas a preços bem inferiores dos praticados no mercado.

? Para os pequenos produtores, com até 20 cabeças de gado, o custo é simbólico. Aproximadamente R$ 0,30 por dose. Para os que têm de 20 a 300 cabeças, o custo será de R$ 0,80 por unidade. Este dinheiro será destinado para custear as equipes de vacinação e também para alguns concluir alguns bretes comunitários, que algumas comunidades não têm. Não estamos mais na época de laçar a gado para vacinar, o trabalho tem que ser feito em bretes. Hoje, 90% das comunidades já têm esta estrutura ? disse o presidente da Associação Ganaderos San Matias, Wilfredo Peinado Cullar.

Esta parceria entre pecuaristas de Mato Grosso e da Bolívia já acontece há 13 anos. E ao que tudo indica, fica cada vez mais consolidada. Isso porque nesta relação ganham os dois lados: os pequenos produtores bolivianos, por terem acesso mais barato às vacinas contra febre aftosa, e os pecuaristas brasileiros, por garantirem mais eficiência e maior segurança no combate à doença na faixa de fronteira.

O último caso de febre aftosa na Bolívia foi registrado em 2007. Já a região de fronteira com Mato Grosso, onde existem 140 mil bovinos, não registra a doença há mais tempo. Desde 2003 é reconhecida como área livre de febre aftosa com vacinação, condição favorável aos pecuaristas mato-grossenses, que há 14 anos mantêm o rebanho livre da doença.