Concorrência com pinheiro artificial preocupa produtor

Na Ceagesp, em São Paulo, a espécie mais procurada é a tuia, de origem europeiaCom a chegada do Natal, o mercado de pinheiros naturais está aquecido. Porém, a concorrência com as árvores artificiais preocupa os produtores.

Do campo, os pinheiros vão direto para as centrais de abastecimento. Na Ceagesp, em São Paulo, a espécie mais procurada é a tuia, de origem europeia. A cada ano são vendidas cerca de 200 mil unidades. Deste número, 70% são comercializadas entre novembro e dezembro. As vendas não são maiores, de acordo com o economista Flavio Godas, por causa da concorrência com produtos artificiais.

? As árvores artificiais têm sido muita importadas da China, então elas concorrem diretamente com as árvores naturais, concorrência que acaba fazendo com que haja uma diminuição no volume de vendas das árvores naturais ? disse o economista chefe da Ceagesp, Flavio Godas.

Maurício Bueno dos Santos trabalha com a produção de pinheiros há mais de vinte anos. Ele já sentiu os impactos da venda de árvores artificiais.

? Muitas pessoas levam para casa e não cuidam. Aí, esquecem de colocar água, deixam na sombra uma planta de sol. Aí fica feia antes do Natal, e o aí o pessoal desiste de comprar e prefere artificial ? explica Santos.

Porém, não são todos que preferem a árvore artificial. O advogado Firmino Ferreira acaba de comprar um pinheiro tuia e vai redecorar a casa.

? Nós sempre tivemos artificial. Esse ano minha mulher achou por bem comprarmos a natural para mudar um pouco. Fizemos doação da artificial ? conta Ferreira.

A produtora de eventos Roberta Aranha também não teve dúvidas.

? Eu tenho uma sobrinha de sete anos e eu acho que a graça é ter o pinheiro natural ela vai decorar, vai ter que cuidar dele e depois do natal para guardar para o ano que vem e assim consecutivamente ? disse Roberta.