? Algumas pressões [sobre a taxa de inflação] já estão se diluindo ? observou, em referência, por exemplo, às cotações em baixa no mercado internacional do trigo e de uma acomodação na oferta da carne bovina.
Entretanto, o economista advertiu que é cedo para uma projeção de baixa dos índices inflacionários, ao comentar o resultado do Índice de Preços ao Consumidor (IPC) da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), que atingiu 0,59%, na segunda prévia de julho, na menor variação desde o fechamento de abril (0,54%). Essa foi a quinta desaceleração seguida. A previsão do coordenador da pesquisa, o economista Márcio Nakane, é de que a taxa chegue a 0,56%, no fechamento do mês.
Ao ressaltar que existem alguns focos de aumentos no setor atacadista que ainda não chegaram ao varejo, Castro lembrou que não há motivo para comemoração. Segundo o economista, entre os reajustes que não aparecem, por enquanto, nos gastos dos consumidores finais estão os custos dos insumos, que sofrem as oscilações do preço do petróleo. Nesta quinta-feira, dia 17, a cotação do barril de petróleo no mercado internacional estava em torno de US$ 129.
Até a medida adotada pelo prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, de restringir a circulação de caminhões como forma de melhorar as condições do trânsito na região do centro expandido da capital paulista é vista por Castro como um provável efeito de pressão sobre o cálculo do IPC.
O economista observou ainda que, na segunda prévia de julho, o grupo habitação registrou queda de 0,11% graças aos benefícios fiscais que mantiveram as contas de energia elétrica mais em conta. Só que, na cobrança das tarifas para o próximo mês de agosto, o consumidor já receberá o boleto com o reajuste anunciado neste mês de 8,6%.