Uberaba é reconhecida como uma das regiões mais tradicionais na produção de queijo de minas

Fazendas da região passam a vender o produto artesanal com garantia de qualidadeA cidade de Uberaba passou a ser reconhecida pela Emater como uma das regiões mais tradicionais na produção de queijo minas do país. Afinal, são 200 anos de história. Agora, com um selo de inspeção municipal, as fazendas que produzem o queijo passam a vender o produto artesanal com garantia de qualidade.

O Triangulo Mineiro tem uma das maiores bacias leiteiras do país. Só Uberaba produz 76 milhões de litros de leite por ano. Os mineiros são reconhecidos como bons produtores e consumidores de queijo. O queijo artesanal à base de leite cru tem hoje o status de patrimônio cultural do Brasil e é produzido em quatro pólos de Minas Gerais: nas regiões do Cerrado, serra da Canastra, no Serro e em Araxá, no Alto Paranaíba. Nove mil produtores vendem 26 mil toneladas de queijo minas por ano.

Uberaba está entre os 10 maiores produtores de leite do país. Cerca de 200 propriedades usam diariamente 25 mil litros para produção de queijo. São 13 queijarias certificadas. Mesmo com esse perfil, o município estava de fora da demarcação geográfica da produção artesanal.

Um estudo da Emater está ajudando na inclusão da cidade conhecida como “Meca do zebu”. É o merecido reconhecimento de uma tradição que tem mais de 200 anos.

Agora são 63 municípios credenciados, uma mudança que vai ajudar produtores como Maria Gonçalves, que vem aumentando a produção do queijo artesanal e tem uma clientela fiel. Hoje ela produz queijo de acordo com as normas sanitárias e tem no rótulo de seus produtos o nome da propriedade, Fazenda Alegria. Ela foi se adaptando as mudanças da legislação ao longo dos anos.

O marido de dona Maria, Vinicius Gonçalves, também é produtor e vem de família tradicional no campo. O casal é um exemplo de diversificação e de quem investe na propriedade aproveitando os programas disponíveis no mercado como o Pronaf. Vinicius investiu R$ 30 mil no rebanho para melhora a produtividade. Em dois anos pulou de 100 litros para 450 litros de leite por dia. Com o reconhecimento do queijo artesanal, o casal já está de olho em novos mercados.

A segurança alimentar está no topo das exigências para o produtor entrar no mercado do queijo Minas.