Desde o ano passado, a comissão não liberou nenhuma semente transgênica. Por isso, o ministério vem tentando dar agilidade ao processo de aprovação de variedades geneticamente modificadas.
? O ministro [Reinhold Stephanes] encaminhou ao Ministério de Ciência e Tecnologia uma solicitação que dentro do possível possa ser atendida a liberação desses transgênicos que estão na CTNBio ? afirmou o coordenador de Cereais do Mapa, Sílvio Farnese.
A reunião da Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio) que aconteceu nesta quinta-feira, dia 17, na qual seriam analisados novos pedidos de liberação de variedades transgênicas, acabou sem nenhum resultado por falta de quorum.
Das cinco sementes transgênicas que podem ser plantadas hoje no Brasil, três são de milho, uma é de soja e a outra, de algodão. A vantagem de todas é a maior tolerância a herbicidas ou insetos. Além disso, os organismos geneticamente modificados são uma alternativa para os produtores em época de crise mundial de alimentos e alta dos preços dos insumos.
No entanto, o ex-assessor jurídico da CTNBio Reginaldo Minaré acredita que o avanço da biotecnologia até pode ser a saída para reduzir os custos de produção, mas acha difícil haver um aumento significativo de produtividade.
? Quando o agricultor deixa de aplicar um grande volume de herbicidas e agrotóxicos, ele reduz não só o custo da sua produção, economizando nesses produtos, como também a necessidade de mão-de-obra, óleo diesel e evita até o desgaste de máquinas ? explica.
Já para o coordenador de Cereais do Mapa, Sílvio Farnese, a produção vai crescer com o plantio de variedades transgênicas.
? Haverá redução de perdas, e conseqüentemente o crescimento de produtividade. Isso fora a redução do custo médio da lavoura para o produtor ? assegurou.