O presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, classifica o acordo entre a União Europeia e o Mercosul, fechado nesta sexta, dia 28, como um momento histórico. Segundo ele, a parceria manterá os “mais altos padrões de segurança alimentar e proteção ao consumidor”.
Em publicação, o bloco comemora a redução de tarifas para produtos agroalimentares exportados para o Mercosul, como chocolates e itens de confeitaria (20%), vinhos (27%), destilados (20% a 35%) e refrigerantes (20% a 35). “O acordo também proporcionará acesso isento de impostos, sujeito a cotas, para produtos lácteos da UE (atualmente tarifa de 28%), principalmente para queijo”, destaca.
Phil Hogan , comissário de Agricultura e Desenvolvimento Rural, declarou que a parceria é justa, com oportunidades e benefícios para ambos os lados. “Nossos produtos, distintos e de alta qualidade, terão a proteção que merecem em países do Mercosul, apoiando a nossa posição no mercado e aumentando as exportações”, declara.
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Outro lado
Com a vigência do acordo comercial, produtos agrícolas de grande interesse do Brasil terão suas tarifas eliminadas, como suco de laranja, frutas e café solúvel. Sobre isso, Hodan diz que o trato também apresenta desafios para os produtores europeus, mas a Comissão Europeia vai ajudá-los a enfrentar os desafios.
“Para que este acordo seja vantajoso, abriremos [o mercado] apenas para produtos agrícolas do Mercosul com cotas cuidadosamente administradas, garantindo que não haja risco de que qualquer produto inunde o mercado da UE e, assim, ameace a subsistência dos nossos agricultores”, finaliza o comissário.