A Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec) se posicionou contrária à tabela do frete, que estabeleceu preços mínimos para o transporte rodoviário. Em vídeo enviado com exclusividade ao Canal Rural, o diretor geral da entidade, Sérgio Mendes, afirma que em uma atividade que é regida por bolsa de valores, não é possível garantir renda para qualquer elo da cadeia.
“Não tem como dar garantia de renda para nenhum dos participantes da cadeia, seja produtor, exportador, transportador ou aqueles que participam dos transportes”, comenta.
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Mendes ressalta ainda que o simples fato de se conceder alguma garantia de renda para parte da cadeia, outra parte do ele deverá sentir os impactos, principalmente na questão de competitividade no mercado internacional.
“O nosso assunto é regido por bolsa de valores, então não tem como fazer concessão, se você fizer, alguém está perdendo. Qualquer coisa que seja concedida para um caminhoneiro, para um produtor ou exportador, pode contar, que a cadeia toda está perdendo em termos de competitividade no mercado internacional”, disse.
Entenda
Nesta quinta-feira, dia 18, a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) publicou uma nova tabela do frete. Segundo a entidade, a elaboração da nova resolução contou com a participação de transportadores autônomos, empresas e cooperativas de transporte, contratantes de frete, embarcadores e diversos outros agentes da sociedade.
“Durante uma audiência pública foram recebidas aproximadamente 350 manifestações, que englobaram cerca de 500 contribuições específicas e que foram analisadas individualmente pela ANTT. Parte significativa dessas contribuições foram acatadas e serviram de subsídio para aprimoramento da proposta submetida à audiência pública”, disse a aNTT. A nova resolução também é resultado de uma parceria entre a ANTT e a Esalq-Log/Fealq-USP.