A iminência do aumento da oferta interna, a retração dos preços internacionais e a desvalorização do dólar em relação ao real levaram as cotações domésticas do algodão para o menor nível desde dezembro de 2017. No CIF do polo industrial paulista a pluma chegou à terceira semana de julho a R$ 2,60/libra-peso, o que corresponde a uma retração de 2,62% em relação ao fechamento da anterior. No acumulado frente ao mesmo período do mês e do ano passado, a queda é de 6,14% e de 30,67%, respectivamente.
A colheita da safra nova vem ocorrendo dentro da normalidade. Assim, nos próximos meses o mercado receberá as mais de 2,8 milhões de toneladas (pluma). Depois de beneficiado e cumprido os contratos fechados de forma antecipada, o mercado disponível receberá volumes que devem trazer pressão adicional. No âmbito externo, as cotações sofrem a pressão da maior safra em 15 anos nos Estados Unidos, que tende a encontrar dificuldade para ingressar no mercado internacional devido à disputa comercial travada por aquele país com o principal comprador mundial (a China).