Café tem forte queda na bolsa de Nova York

A Bolsa de Mercadorias de Nova York (Ice Futures US) para o café arábica encerrou as operações da terça-feira com preços acentuadamente mais baixos. As cotações despencaram no dia com uma combinação de fatores baixistas. A alta do dólar contra o real no Brasil, a ampla e tranquila oferta global e o clima mais ameno agora no inverno brasileiro, sem riscos de geadas, pressionaram o mercado internacional. Além disso, fatores técnicos completaram o cenário negativo, com o mercado rompendo suportes.

Segundo o consultor de Safras & Mercado, Gil Barabach, o café rompeu o suporte de 105 centavos de dólar por libra-peso para setembro e “afundou em campo negativo”. “Pesa contra os preços do café o dólar mais alto e a ampla oferta global”, destacou. Lembra que o Brasil exportou 41,1 milhões de sacas em 2018/19 (julho/junho), segundo dados do Cecafé (Conselho dos Exportadores de Café do Brasil) e deve exportar mais de 3 milhões agora em julho, primeiro mês do novo ciclo comercial 2019/20.

Os contratos com entrega em setembro/2019 fecharam o dia a 102,30 centavos de dólar por libra-peso, com desvalorização de 2,80 centavos, ou de 2,7%. Dezembro fechou a 106,15 cents, com baixa de 2,80 centavos, ou de 2,6%.