O dólar comercial fechou em alta de 1,61% no mercado à vista, cotado a R$ 3,956 para venda – na sexta alta consecutiva e no maior fechamento desde 30 de maio quando encerrou os negócios a R$ 3,98 – reagindo ao acirramento dos conflitos comerciais entre Estados Unidos e China com retaliações do país asiático e declarações do presidente norte-americano, Donald Trump.
O diretor de câmbio de uma corretora nacional destaca “um forte sentimento” de aversão ao risco motivado pelos novos sinais de piora nas relações comerciais entre norte-americanos e chineses que pode se estender para uma guerra cambial. Após o governo chinês desvalorizar a moeda chinesa para além do nível-chave de 7 iuanes por dólar, Trump acusou o país asiático de “manipulação de moeda”.
“Em um momento de desaceleração da economia global, a China depreciar sua moeda, ao mesmo tempo em que barateia seu produto no exterior, prejudica empresas exportadoras, sobretudo de commodities. Empresas com forte dependência de vendas para a China, acabam por receber menos receita a partir do momento em que o iuane se enfraquece”, avalia o operador de câmbio da corretora Advanced, Alessandro Faganello.
Por Agência Safras