As cotações mais baixas do trigo na Argentina e a desvalorização do dólar frente ao real em julho resultaram em novas oportunidades de fixação de preços para os moinhos nacionais, que, tradicionalmente, dependem das importações.
De acordo com o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), as aquisições do trigo no mercado externo seguem crescentes e os volumes que chegaram aos portos brasileiros em julho foram realizados nos menores preços dos últimos cinco meses. Mesmo assim, o valor do produto importado ainda ficou acima do registrado no mercado disponível brasileiro.
Em dólar, o preço médio do produto importado foi de US$ 228,93 por tonelada e, em moeda nacional de R$ 865,36 a tonelada (FOB), considerando o câmbio a R$ 3,78 em julho. Ao adicionar os custos logísticos e despesas portuárias, a média do trigo importado supera a nacional, fator de sustentação aos preços internos.