Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Chicago acumularam queda de 1,3% na semana, de acordo com a Safras & Mercado. Nesta sexta-feira, 6, o recuo se deu com negociadores buscando um melhor posicionamento à espera do relatório do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), que está previsto para a quinta-feira, 12.
Mas o que os próximos dias guardam para os preços da oleaginosa? O analista Luiz Fernando Roque lista os pontos de atenção do mercado. Confira as dicas!
- Investidores aguardam novidades sobre a guerra comercial entre Estados Unidos e China. A próxima rodada de negociações presenciais entre os representantes das duas maiores economias do mundo está marcada para o início de outubro, em solo americano;
- Até lá, é possível que as conversas evoluam através de telefonemas. O mercado volta a especular sobre o avanço, mas permanece cético. Para a Safras & Mercado, dificilmente veremos a assinatura de um acordo comercial ainda em 2019;
- A Bolsa de Chicago para a soja continua pressionada pela falta deste acordo e isso não deve mudar tão cedo;
- O desenvolvimento final da nova safra norte-americana também está no radar. As condições das lavouras melhoraram nas últimas semanas, o que contrasta com a projeção da consultoria Pro Farmer, que indica produção menor que o USDA;
- O momento é de incerteza com relação ao número que será indicado pelo USDA no dia 12 de setembro. Embora haja espaço para um novo ajuste negativo no tamanho da safra, a melhora na qualidade das plantações aliada a melhores condições climáticas nos próximos dias pode trazer surpresas;
- Se houver manutenção ou uma elevação na safra dos EUA, abre-se espaço para um ajuste positivo também nos estoques americanos, o que aumentaria ainda mais a pressão sobre Chicago;
- Sinais de demanda pela soja americana completam a lista de fatores com potencial para mexer com os preços na próxima semana.