O assessor sênior em Meio Ambiente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Rodrigo Justus, afirmou que houve “estardalhaço” na divulgação dos dados sobre queimadas e desmatamento na Amazônia e que o produtor rural é o mais prejudicado com isso. Segundo ele, a repercussão não foi proporcional à realidade. “Em 2018 não teve esse estardalhaço todo e teve mais focos de incêndio. Angola tem 70 mil focos de calor neste ano e o Brasil só 2.000. O produtor tem sido escorraçado e a realidade colocada de lado”, disse.
Ele afirmou que os produtores têm sido vítimas duplamente. Primeiro, por ter as propriedades atingidas por incêndios, com prejuízos com a lavoura, solo e perda de maquinário. Em segundo lugar, por conta da imagem, já que nem todo foco de calor pode ser considerado incêndio. Ele disse que, na Amazônia, 89% dos 534 mil agricultores são de pequeno porte e muitos deles, por falta de recursos, ainda fazem uso da queima para manejo de pastagem.
A Comissão de Agricultura do Senado debate os prejuízos à imagem do agro brasileiro com questões ambientais, como queimadas e desmatamentos.
Por Rafael Walendorff