A liberação do registro de 63 agroquímicos publicados nesta terça-feira, 17, pelo governo não deve aumentar a quantidade de resíduos nos alimentos. De acordo com o chefe-geral da Embrapa Meio Ambiente, Marcelo Morandi, colocar um novo produto no mercado significa que os produtores rurais poderão substituir o defensivo que é mais tóxico ou menos eficiente, normalmente usado. Segundo ele, há casos em que o agricultor poderá até diminuir a aplicação na lavoura.
O Diário Oficial da União (DOU) trouxe sete novos produtos e 56 itens genéricos, ou seja, que já existiam no mercado mas tiveram o período de patente expirada.
“Ninguém toma mais paracetamol porque tem mais deste remédio no mercado. Este é o caso dos genéricos, que funcionam igual ao remédio”. comenta.
Sobre a liberação de novas moléculas, como o com ingrediente ativo fluopriram, Morandi ressalta que o item estava na fila para liberação há 10 anos e que os produtos estão passando por um processo natural de registro. “Há casos de produtos que estivam na fila durante 10 anos e que é usado há 10 anos na União Europeia”, comenta.
Registro de defensivos agrícolas
Antes de um produto ter o registro liberado, três órgãos do governo avaliam os impactos do defensivo. O Ministério da Agricultura fica encarregado de analisar a necessidade agronômica em relação à determinada praga e eficiência, A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) é responsável pela avaliação toxicológica e o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) verifica os impactos que o agroquímico causa no meio ambiente.