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Soja: veja o que pode mexer com as cotações na semana que se inicia

Mercado foca nas relações comerciais entre EUA e China e no clima, enquanto espera a divulgação do relatório de outubro do USDA; confira a análise da consultoria Safras & Mercado

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Foto: Governo Federal

Enquanto aguarda por novidades relacionadas à guerra comercial entre Estados Unidos e China, o mercado de soja analisa o clima sobre o cinturão produtor norte-americano e sobre as regiões produtoras do Brasil. Além disso, também estão sob análise os dados de demanda pela soja americana.

O relatório do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) de outubro completa o quadro de fatores para os próximos dias.

Acompanhe abaixo os fatos que deverão merecer a atenção do mercado de soja na próxima semana. As dicas são do analista Luiz Fernando Roque, da consultoria Safras & Mercado:

  • A próxima rodada de negociações presenciais entre representantes do alto escalão dos governos dos EUA e da China está marcada para acontecer em solo americano a partir do dia 10 de outubro. O mercado renovou as esperanças para a assinatura do esperado acordo comercial após a recente trégua entre os países. Avanços importantes podem ocorrer nesta rodada;
  • Paralelamente a isso, o mercado espera que novas vendas de soja norte-americana para os chineses sejam anunciadas, o que é fundamental para Chicago manter o suporte recente;
    O clima úmido continua atrapalhando o avanço dos trabalhos de colheita da nova safra dos EUA. As previsões apontam para a manutenção da umidade nos próximos 14 dias em boa parte do cinturão produtor, o que aumenta o risco de algumas lavouras sofrerem com geadas ou até mesmo neve;
    A safra dos EUA ainda não está definida, e as perdas podem aumentar. Chicago também encontra certo suporte nesse fator;
  • O relatório de outubro do USDA, que será divulgado dia 10, deve movimentar o mercado. Podem ocorrer ajustes importantes nos números de produção e de estoques dos EUA, por isso, atenção. É esperada grande volatilidade após a divulgação dos números;
  • No Brasil, a falta de umidade sobre a faixa central do país impede que os trabalhos de plantio avancem em bom ritmo. Atrasos já são registrados e as previsões apontam para pouca umidade nos próximos 14 dias no Centro-Oeste, Sudeste e Norte/Nordeste;
  • Embora o clima preocupe, ainda é cedo para qualquer definição sobre o potencial produtivo da soja no Brasil. Não se pode falar em perdas, mas o sinal de alerta está ligado.
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